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Pílula Anticoncepcional

Olá!

Em 2020 completou-se 60 anos da criação desse método contraceptivo, sendo um dos mais utilizados no mundo, com mais de 100 milhões de usuárias e fornecido pelo SUS no Brasil.

A pílula é um método anticoncepcional hormonal reversível de curta duração. Há mais de 100 pílulas diferentes no mercado, podendo serem combinadas ou só de progesterona (usadas em casos especiais).

 

Como funciona a pílula anticoncepcional?

A quantidade de hormônio na pílula pode variar, sendo monofásicas, bifásicas ou trifásicas.

  • Ingerimos uma dose de estrogênio e progesterona;
  • O corpo “pensa”: “já tenho o que preciso de estrogênio e progesterona, não vou produzir mais”;
  • Sem os altos e baixos que viriam da produção natural desses hormônios pelo corpo, não temos a ovulação e assim não liberamos o óvulo.

Além disso, ocorre um espessamento no muco que fica no colo do útero, dificultando a mobilidade dos espermatozoides.

 

Qual a eficácia da pílula anticoncepcional?

A eficácia da pílula depende diretamente do seu uso correto. O uso perfeito previne a gestação em cerca de 98,5%, com tomadas nos horários exatos e o seguimento recomendado entre as cartelas.

O uso típico tem eficácia de 95%. Quando não se toma a medicação sempre no horário certo, se esquece de uma dose ou quando se atrasa a próxima cartela. Há mais que o dobro de chance de falha.

 

O que pode cortar o efeito da pílula anticoncepcional?

Sabe-se que algumas substâncias podem interagir com a ação da pílula anticoncepcional, diminuindo sua eficácia, as mais conhecidas são:

Sabemos que algumas substâncias podem interagir com a ação da pílula anticoncepcional, diminuindo sua eficácia, as mais conhecidas são:

✂️ Antibióticos: comprovadamente apenas rifampcina e rifabutina
✂️ Álcool: em altas quantidades
✂️ Anticonvulsivantes: fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, primidona, topiramato e oxcarbazepina podem diminuir o efeito anticoncepcional
✂️ Erva de São João (um medicamento natural usado para depressão) pode ter esse efeito
???? Qualquer medicação que cause vômitos ou diarreia pode diminuir a absorção de medicamentos por via oral

Em casos que essas medicações são indicadas, recomenda-se associar um segundo método contraceptivo (lembrando que o uso do preservativo para proteção contra ISTs está sempre indicado), e caso a medicação seja de uso prolongado, consulte sua/seu ginecologista para que ela (e) possa te indicar a melhor forma de contracepção.

 

Posso emendar a cartela do anticoncepcional?

O uso tradicional da pílula funciona no regime de 21-24 dias de uso de hormônio e 7-4 dias de pausa, em que se pode tomar um comprimido sem composto ativo (placebo) para manter o costume do uso diário. Nesta pausa, por privação de hormônios, ocorre um sangramento semelhante à menstruação.

Por variados motivos, algumas mulheres preferem evitar esse sangramento e os sintomas pré menstruais, e assim optam por emendar as cartelas.

Mas realmente não faz mal emendar e ficar sem menstruar?
Não, desde que com a pílula certa. Esta possibilidade começou a ser estudada em 2003, e hoje quase todas as formulações foram testadas sem mostrar prejuízo.

Mas o sangue não fica “acumulado”?
Não, com o uso contínuo de hormônios o endométrio (a camada interna do útero) não se prolifera, assim não há nada para eliminar.

Os regimes estendidos mais estudados são de 2 a 4 cartelas seguidas com uma pausa de 4 a 7 dias, mas algumas formulações permitem que não seja feita pausa alguma, chamado de regime contínuo. Neste caso, há maior chance de sangramentos de escape inesperados, principalmente nos primeiros 6 meses de uso. Para isso, recomenda-se uma pausa de 3 dias para eliminar o endométrio e depois seguir tomando como de costume.

Atenção: tudo isso vale para a pílula combinada monofásica, ou seja, a de estrogênio + progesterona que tem a mesma dose todos os dias.

Para conferir mitos e verdades sobre a pílula anticoncepcional clique aqui.

Esse post foi escrito pela acadêmica de medicina Mariana Hilgert, com orientação da Dra. Kadija Rahal.

 

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