Olá!
Nesse post vamos conversar sobre cuidados íntimos diários.
Sobre calcinhas:
Dê preferência a calcinhas com forro de algodão; se optar por outros tecidos, como rendas, assegure-se de que o forro seja de algodão, ele permite maior circulação de ar em relação aos tecidos sintéticos. Por essa questão de ventilação, evitando abafamento constante da região, experimente começar a dormir sem calcinha.
Absorvente íntimo de uso diário, pode?
Não é recomendado! Se o motivo pelo o qual você usa o absorvente diário é escape menstrual ou corrimento incômodo, procure a sua/seu ginecologista. Se o usa porque acha que estará mais segura, repense esse hábito, ele causa abafamento e aumenta a umidade da região.
Mas qual é o problema desse abafamento?
A não ventilação da região íntima causa alteração do pH, o que por si só já poderia causar alguma patologia/sintoma. E além disso, lembre-se de que na nossa flora vaginal habitam fungos e de que fungos gostam de lugares quentes e úmidos.
Exatamente o que acontece quando não há ventilação adequada da região genital, por isso esses cuidados que visam evitar o abafamento da região íntima são tão importantes.
E o sabonete íntimo?
A higiene pode ser feita apenas com água corrente durante o banho; caso se sinta mais confortável usando sabonete, garanta que ele tenha pH neutro/fisiológico. Não use sabonetes em barra ou líquidos destinados ao uso corporal, o pH deles desequilibra o pH vaginal. A higienização é sempre apenas da genitália externa, não faça duchas vaginais.
E após ir ao banheiro, quais os cuidados?
O uso de lenços umedecidos deve ser limitado, por conta da desregulação no pH que os agentes químicos presentes neles, na maioria das vezes, causam. O papel higiênico, deve ser sempre passado no sentido região genital -> região perianal.
A principal bactéria causadora de ITU (Infecção de Trato Urinário) é a E.Coli, essa bactéria habita o intestino e está presente nas fezes. Pela proximidade do orifício vaginal com o orifício anal a contaminação é comum; por isso, a limpeza no sentido em que orientamos “de frente para trás” é importante, ela ajuda a evitar que haja essa contaminação.
Esses cuidados são para serem seguidos por todas, mas a sua/seu ginecologista é quem vai lhe orientar da maneira mais adequada, de acordo com as suas necessidades. O mais importante é manter um diálogo aberto e contínuo com a/o ginecologista de sua confiança.
Esse post foi escrito pela acadêmica de medicina Najila Sandrin, com orientação da Dra. Kadija Rahal.
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